Imagem ilustrativa | Inhambupe
As prefeituras de todo o país tem até o dia 2 de agosto, portanto próximo sábado, para acabar com  lixões, de acordo com a Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos. No entanto, de quatro anos para cá, desde a publicação da Lei (nº 12.305/2010), praticamente a metade dos municípios não conseguiu se adequar à determinação e muitos chegarão ao fim do prazo ainda despejando todo seu lixo em áreas a céu aberto. Catanduva não faz parte dessa estatística. Segundo a Secretaria de Meio Ambiente, o antigo Lixão se encontra totalmente desativado, porém o encerramento por meio da descontaminação ainda está  em trâmite de contratação via processo licitatório. “Portanto Catanduva encontra se rol de municípios que atendem a legislação em questão”, afirma.

Catanduva mantém o depósito do lixo orgânico em um aterro sanitário terceirizado, que também recebe o lixo de outras cidades da região, mas fica localizado em Catanduva. 

Diferentemente de Catanduva, apesar da obrigação e das penalidades que os municípios podem sofrer em caso de descumprimento, segundo dados da Confederação Nacional dos Municípios – CNM, ainda existem mais de dois mil lixões instalados no Brasil. 

“A inobservância da obrigação de encerramento das atividades dos lixões poderá implicar na responsabilização dos Municípios por diversas formas, inclusive por crime ambiental, sendo possível, ainda, a punição dos agentes políticos responsáveis pelo inadimplemento”, alerta a advogada em Direito Administrativo da Conam – Consultoria em Administração Municipal, Isabela Giglio.

Considerando que os Municípios não tiveram condições técnicas e financeiras para construir aterros sanitários e planos de coleta seletiva, a Confederação Nacional dos Municípios buscou, junto ao Ministério do Meio Ambiente, promover o adiamento do prazo de encerramento das atividades dos lixões. “Mas, até o momento, ainda não houve qualquer sinalização a respeito”, avisa Isabela. 


Com o fechamento dos lixões, famílias que têm como fonte de renda os recursos extraídos do lixo deveriam ser inseridas em planos de capacitação para que atuem por intermédio de cooperativas de catadores. Mas, de acordo com a pesquisadora em gestão de resíduos Suzette Renault de Carvalho, da Conam – Consultoria em Administração Municipal, isso não está sendo observado. 
“Não é o que vem ocorrendo com os lixões recentemente fechados, a exemplo do maior lixão da América Latina, o lixão da Estrutural, localizado a 15 km de Brasília, onde são depositadas diariamente 8,7 mil toneladas de lixo. Os mais de dois mil catadores de material reciclável lá trabalham 24 horas por dia, ainda sem uma diretriz ou perspectivas futuras”, conclui Suzette.

Em Catanduva existe o projeto Luxo do Lixo que auxilia os catadores de materiais reciclados. Há também, em projeto apresentado pela Prefeitura a coleta de casa em casa de materiais como plástico e papelão, em alguns bairros. oregional

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