Ex-presidente comparou o candidato do PSDB à Presidência ao senador alagoano e ao opositor de Getúlio Vargas

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva partiu para cima do adversário da presidente Dilma Rousseff na corrida presidencial, senador Aécio Neves (PSDB), a quem comparou com Carlos Lacerda, opositor de Getúlio Vargas, e ao ex-presidente e atual senador Fernando Collor (PTB-AL).

Embalado pela vitória em primeiro turno de Fernando Pimentel (PT) para o governo de Minas, principal reduto eleitoral de Aécio, Lula discursou neste sábado, 18, em Belo Horizonte com ferrenhas críticas ao tucano, a quem classificou como "filhinho de papai" e disse que a imprensa - incluindo a revista The Economist -, o sistema financeiro e "parte da elite" do País são aliados do senador.

Segundo Lula, Aécio "sabe fazer denúncia de corrupção dos outros e esconder seu rabo para ninguém saber o que está acontecendo". Ao comentar o que considera "desrespeito" do tucano contra Dilma, o ex-presidente desafiou o adversário a manter a mesma postura diante de um homem e acusou o senador de agredir mulheres.

"Nunca vi um cidadão faltar com o respeito com a presidente como nosso opositor. Pega uma palavra minha chamando o adversário de mentiroso. Não é o comportamento de um candidato. É o comportamento daqueles filhinhos de papai que acham que os outros têm que fazer tudo para eles. Não sei se (Aécio) teria coragem de ser tão grosseiro se o adversário dele fosse um homem", disparou. "Meu negócio com mulher é partir para cima agredindo porque aí a coisa pega mais", acrescentou o petista, ironizando como se a fala fosse do próprio senador.


E usou novamente a ironia para comentar o caso em que Aécio caiu numa blitz da Lei Seca no Rio de Janeiro, onde se recusou a soprar o bafômetro, questão abordada por Dilma durante debate com o tucano. "Quando a Dilma perguntou do bafômetro, ele disse que não tinha carteira. O bafômetro não é para medir se tem carteira ou não. Bafômetro não cheira carteira de motorista. Cheira álcool", afirmou.
O petista também fez referência ao fato de Aécio, aos 19 anos, ter trabalhador como assessor parlamentar do pai, o ex-deputado federal Aécio Cunha, apesar de morar na capital fluminense, o que Lula considerou "o melhor emprego do mundo". "Quem sabe qual foi o primeiro emprego do Aécio? O primeiro emprego foi assessor do pai que era deputado eleito por Belo Horizonte. E ele foi assessorar o pai em Minas, em Brasília? Não, no Rio de Janeiro", ressaltou.

Em seu discurso de mais de meia hora para a multidão que lotou a praça Duque de Caxias, no bairro Santa Tereza, região boêmia de Belo Horizonte, Lula fez uma lista de diversas categorias de trabalhadores e desafiou a plateia a mostrar "uma foto" do tucano reunido com algum deles no período em que foi governador do Estado. "O moço é vingativo. Não conheço nenhum momento da história, nem no regime militar, em que os professores fossem tão perseguidos como foram em Minas Gerais, salientou. | estadão - Imagem do Folhauol

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