O realismo tarifário imposto pela equipe econômica da presidente Dilma Rousseff para as tarifas de energia elétrica deve engordar os cofres do governo federal em mais R$ 5 bilhões em 2015. Os cálculos levam em conta um aumento médio de 50% da tarifa de energia ao longo do ano e o recolhimento de PIS/Cofins. Esse será um reforço extra para ajudar a equipe econômica no cumprimento da meta de superávit primário das contas do setor público de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB). A arrecadação do setor elétrico do PIS e Cofins foi de R$ 10,14 bilhões no ano passado.

O reajuste das tarifas também terá impacto direto no recolhimento dos impostos dos Estados e do Distrito Federal. Considerando a alíquota média de 30% de ICMS, a arrecadação dos Estados deve aumentar em R$ 18 bilhões apenas com o imposto cobrado sobre a energia. O dinheiro vai reforçar o caixa dos governadores e ajudar também no ajuste fiscal dos governos regionais. A meta fiscal dos Estados e municípios é de R$ 11 bilhões em 2015.

O realismo tarifário foi a opção feita pela nova equipe econômica de corrigir de uma única vez o represamento de tarifas feito ao longo dos últimos dois anos. Além do aumento de impostos, a medida deve pressionar a inflação deste ano. |Da Agência CNM, com informações do Estadão

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