O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou nesta quarta-feira com ação judicial por reparação de danos morais contra os responsáveis pela matéria de capa da revista "Veja" desta semana, informou, em nota, a assessoria de imprensa do Instituto Lula.

Os alvos da ação são os jornalistas que assinam a reportagem - Robson Bonin, Adriano Ceolin e Daniel Pereira - e o diretor de redação da revista, Eurípedes Alcântara.

Reportagem publicada na edição 2.436 de "Veja", que chegou às bancas em 25 de julho passado, afirma que o ex-presidente e acionista da construtora OAS, José Aldemário Pinheiro Filho, conhecido como "Leo Pinheiro", estaria negociando um acordo de delação premiada com a Operação Lava-Jato para delatar crimes que envolveriam Lula.

Em entrevista ao Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor, em 26 de julho, o empreiteiro afirmou que "nunca, em nenhum momento", sequer cogitou a "hipótese de fazer uma delação premiada".

Na nota enviada pela assessoria de impressa, o Instituto Lula afirma que a reportagem "repete práticas comuns a Veja: mente, faz acusações infundadas e sem provas, apresenta ilações como se fossem fatos, atribui falas e atos, não tem fontes e busca atacar, de todas as formas, a honra e a imagem do ex-presidente Lula".


No ação judicial, os advogados de Lula afirmam que o "texto [de Veja] é repugnante, pela forma como foi escrito e pela absoluta ausência de elementos que possam lhe dar suporte". Os advogados também ressaltam que, de acordo com a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ), "a liberdade de comunicação e de imprensa pressupõe a necessidade de o jornalista e/ou o veículo pautar-se pela verdade". |Veja extra

Poste um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem