O prefeito de Salvador, ACM Neto, confirmou nesta quarta-feira (27) que o DEM quer “colaborar ao máximo” com um eventual governo Michel Temer, caso o peemedebista assuma a Presidência da República. “Caso o Senado aprove o processo de impeachment, o que parece absolutamente inevitável, tendo ele [Temer] interesse na participação do Democratas, o nosso desejo é colaborar ao máximo para que o país atravesse a crise”, declarou o prefeito, que se reuniu nesta terça (26) com Temer, em Brasília.

Correligionário de Neto, o deputado federal José Carlos Aleluia, tem sido especulado no Ministério das Comunicações ou nas Minas e Energia. O gestor classificou as especulações da imprensa como “naturais”, mas disse não ter tratado de nomes com o vice-presidente. Além disso, não quis dar mais detalhes da conversa. “O Democratas disse claramente antes da votação do impeachment na Câmara que o apoio ao processo era incondicional. Não estávamos negociando cargos”, afirmou Neto.

De acordo com o prefeito, é necessário aliar a distribuição de cargos a aliados com quadros mais técnicos. “Já expressei a diversas lideranças do PMDB que estão na linha de frente desse processo que é fundamental que o próximo governo tenha pessoas de qualidade e concilie a necessidade de respaldo político com a necessidade de dar respostas rápidas à população”, disse.

Aliado de Neto, o presidente do PMDB baiano, Geddel Vieira Lima, foi um dos articuladores das negociações em torno do processo de impeachment e também é cotado para assumir um ministério.


O democrata reconheceu ter expectativas em relação ao tratamento do governo federal com a capital baiana em um possível governo Temer, mas disse que o país passará por ajustes cujos efeitos não serão imediatos. “Uma eventual chegada de Temer à Presidência terá um conjunto de medidas que terão que ser adotadas e não terão efeito prático da noite para o dia. Para Salvador e a Bahia darem certo, o Brasil tem que dar certo”, afirmou.|bahia.ba

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